Governo encerra escolas
A Ministra da Educação afirmou, na semana passada, que mais de 900 escolas básicas com menos de 21 alunos poderão encerrar, já no próximo ano lectivo, abrangendo cerca de 15 mil crianças, 3,5% das quais frequentam o primeiro ciclo.
Trata-se, como é óbvio, de mais uma medida meramente economicista tomada pelo governo socialista, medida esta que vai gerar uma forte quebra da qualidade do ensino; desemprego entre os profissionais de educação; e vai acarretar grandes sacrifícios para muitos dos alunos que terão de percorrer dezenas de quilómetros diários para chegarem à escola.
Para o actual Governo, manter escolas com 20 alunos significa "condenar essas crianças à exclusão, ao abandono e ao insucesso escolar"! São pontos de vista, ou vistas de um ponto, e o Pardido Socialista admite e defende aquele que mais lhe convém, mas que não é seguramente aquele que acautela os interesses das nossas crianças, que valoriza uma melhor prática pedagáogica e que proporciona às crianças e aos jovens uma educação de qualidade. Isto para não falar do desenraizamento social e do êxodo que leva cada vez mais à desertificação e ao isolamento dos meios rurais.
Com esta decisão, o PS coloca em primeiríssimo lugar as questões financeiras em detrimento das pedagógicas, para além de revelar uma preocupante " visão centralista e dirigista do nosso sistema de ensino".
É verdade que importa gerir os dinheiros públicos com rigor e evitar desperdícios. Mas há sectores onde não se pode “cortar” sob pena de estarmos a hipotecar o futuro das gerações vindouras, e a Educação é, sem qualquer dúvida, uma destas áreas. O dinheiro que se gasta em Educação é um investimento, a médio prazo, e isso já toda a gente percebeu, menos o acual Governo que persiste em levar a cabo uma política economicista selectiva que não olha a meios para atingir os fins.
Melhor fora se o Governo tratasse, isso sim, de arrumar com tantos institutos e fundações que por aí pululam. Melhor fora se pusesse ordem nas inúmeras empresas municipais e não só que por aí abundam. Melhor fora se moralizasse o reino sagrado das mordomias e das benesses de um sector privilegiado da nossa sociedade. Mas aí o Governo socialista não toca. Diz que se trata de abordagens populistas com um impacto residual nas contas públicas...
Enfim, são as políticas e as prioridades socialistas que temos! Políticas e prioridades que, nos últimos anos, nos afundaram na situação desesperante em que o País se encontra. E que os Portugueses vêm dando sinais de que já não suportam. Cada vez mais, é urgente quem nos inspire rasgos de esperança, quem mostre golpe de asa para salvar Portugal.
Rosa Maria Arezes