O Alto Minho sempre em Primeiro...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010


PIDDAC 2011
Mais uma afronta ao Alto Minho

A Comissão Política Distrital do PSD Alto Minho considera que, mais uma vez, o Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central em 2011, no Distrito de Viana do Castelo, resume-se a “quase nada”, uma vez que contempla o nosso Distrito com uma mísera esmola de 4 milhões e tal de euos, o que significa uma redução de mais de 20%, em relação à já insignificante verba deste ano.
Para a CPD de Viana do Castelo o montante atribuído é a prova de que o Governo Socialista continua a tratar o Distrito com total desprezo e uma profunda insensibilidade para com os legítimos anseios da sua população.
Esmiuçando este bolo raquítico, a fatia de leão vai para a capital do Distrito, havendo quatro Concelhos que correm o risco de não receber qualquer cêntimo de investimento directo de Estado, como é o caso de Arcos de Valdevez, Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e Melgaço.
E os demais registam montantes inscritos que constituem uma verdadeira afronta, apenas compreensível num contexto de total falta de rigor e até de ausência de um mínimo de seriedade política e social. De facto, que dizer da verba 5 mil euros para Caminha?
O PSD Alto Minho tem a perfeita noção de que o País foi lançado pelo governo socialista num atoleiro financeiro e arrastado para uma crise económica e social sem precedentes, apenas por questões eleitoralistas. Mas esta Região, de há vários anos a esta parte, sempre tem sido colocada, pelo governo do PS, no fundo da tabela nacional, no que diz respeito aos investimentos do Estado.
Nas transferencias directas para os Municípios do Orçamento, a nossa região terá uma redução de 10 milhões de euros no total do investimento que o Estado prevê fazer no Distrito.
Em termos numéricos, isto significa que os 10 Concelhos terão disponíveis apenas uns 95 milhões de euros contra os 105 milhões do corrente ano, o que equivale a dizer que vamos ser penalizados com uma redução de praticamente 10%.
Está ainda incluído nas verbas a transferir para Viana do Castelo, uma verba de cerca de 1M€ com destino à VianaPolis SA, Sociedade que está em fase de liquidação. Este montante bem falta fazia, por exemplo, a muitas IPSS´s que estão a passar por enormes dificuldades.
É certo que, por razões patrióticas, todos somos chamados a dar um contributo. Mas, assim, não!
Não podem ser, mais uma vez, as regiões pobres a pagar a factura dos desmandos dos outros. Não pode ser o nosso Distrito a conhecer uma redução superior a 20% nas verbas do PIDDAC, face à já irrelevante verba atribuída no presente ano.
O Distrito de Viana do Castelo não pode ser o parente pobre da governação socialista que teima em arredá-lo de uma dinâmica de desenvolvimento por que todos nos deveríamos bater.
Ao atribuir-nos uma “mão cheia de nada”, o Governo parece querer brincar, uma vez mais, com o Alto Minho que – recorde-se – é uma das regiões do País onde, no último ano, mais empresas encerraram portas, fazendo com que o flagelo do desemprego atinja entre nós valores extremamente preocupantes.
Trata-se, portanto, de uma situação inaceitável e atentatória da coesão nacional, reveladora de uma política sem a mínima preocupação com uma visão estratégica do País que privilegie um desenvolvimento solidário e sustentado de todo o território nacional.
A Comissão Política Distrital do PSD de Viana do Castelo repudia, por isso, esta política que, de ano para ano, atrofia as legítimas expectativas de uma região e os anseios mais profundos de um povo sério e trabalhador, e exige uma abordagem completamente diferente do Alto Minho que contemple a nossa Região com investimentos potenciadores de criação de riqueza e da melhoria da qualidade de vida das populações.
Só assim deixará de haver Portugueses de primeira e de segunda. Só assim teremos um País solidário, coeso, humanista!

Viana do Castelo, 4 de Novembro de 2010
O Presidente da Comissão Política Distritaldo PSD,
Eduardo Teixeira