País à deriva...
Com 2010 já na segunda metade, soube-se por estes dias que o Governo meteu na gaveta mais uma medida anunciada com enorme pompa e circunstância para este ano. Afinal, em pleno mês de Julho, ainda nenhuma criança foi contemplada com a conta Poupança-Futuro. O processo está parado e – segundo um membro do Governo – o "cheque-bebé" não será uma realidade este ano, por causa da crise.
Como os meus caros leitores se recordam, tratava-se de uma medida incluída no Orçamento do Estado de 2010 e foi proclamada pelo Governo com um objectivo: “estimular a poupança e apoiar os projectos de estudo ou inserção profissional dos jovens".
Só mais alguns elementos, para avivar a memória: constaria na atribuição de 200 euros a cada criança que nascesse, numa conta a criar no Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), ou numa instituição bancária escolhida pelos pais; esta verba, no entanto, só poderia ser levantada quando a “criança” atingisse os 18 anos.
Como é óbvio, esta conta Poupança-Futuro não representaria qualquer salto qualitativo em termos de política de promoção da natalidade. Aliás, é profundamente preocupante que, anos a fio, ninguém trate de encarar este problema a sério, sabendo-se que o nosso País tem uma das taxas de natalidade mais baixas da Europa, ao mesmo tempo que a esperança média de vida aumenta, situação que acarreta graves consequências, por exemplo, ao nível da sustentabilidade da Segurança Social.
Como é óbvio, nenhum casal decide abraçar o projecto de ter um filho por causa de 200 euros que nem sequer podem ser movimentados durante 18 anos.
Como é óbvio, esta era uma medida para, alegadamente, estimular a poupança e garantir alguns milhões ao sistema financeiro.
Como é óbvio, esta medida era, apenas, um sinal!
Mas tudo isto também já caiu por terra.
Como é óbvio, estamos perante mais um exemplo da desorientação que caracteriza o actual Governo que teima em não mostrar uma linha de rumo, nem uma estratégia para nos retirar do atoleiro em que afundou o País. Há uns meses, anunciou uma medida como forma de contribuir para ultrapassar a crise; agora, é a mesma crise – admito que agravada pelos sucessivos erros que persistem em cometer – que justifica a suspensão da tal medida...
Coincidência, ou talvez não, no mesmo dia em que foi confirmada a suspensão da conta, o Governo e o Partido Socialista que o sustenta na Assembleia da República fizeram tudo por tudo para manter algumas das “mordomias” dos seus “boys”.
É esta a visão e a sensibilidade social deste (des)governo socialista...
Com as férias à porta, desfrutemos do sol e mantenhamos um raio de esperança num futuro que nos há-de trazer, certamente, uma nova praia com melhores ondas.
Como os meus caros leitores se recordam, tratava-se de uma medida incluída no Orçamento do Estado de 2010 e foi proclamada pelo Governo com um objectivo: “estimular a poupança e apoiar os projectos de estudo ou inserção profissional dos jovens".
Só mais alguns elementos, para avivar a memória: constaria na atribuição de 200 euros a cada criança que nascesse, numa conta a criar no Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), ou numa instituição bancária escolhida pelos pais; esta verba, no entanto, só poderia ser levantada quando a “criança” atingisse os 18 anos.
Como é óbvio, esta conta Poupança-Futuro não representaria qualquer salto qualitativo em termos de política de promoção da natalidade. Aliás, é profundamente preocupante que, anos a fio, ninguém trate de encarar este problema a sério, sabendo-se que o nosso País tem uma das taxas de natalidade mais baixas da Europa, ao mesmo tempo que a esperança média de vida aumenta, situação que acarreta graves consequências, por exemplo, ao nível da sustentabilidade da Segurança Social.
Como é óbvio, nenhum casal decide abraçar o projecto de ter um filho por causa de 200 euros que nem sequer podem ser movimentados durante 18 anos.
Como é óbvio, esta era uma medida para, alegadamente, estimular a poupança e garantir alguns milhões ao sistema financeiro.
Como é óbvio, esta medida era, apenas, um sinal!
Mas tudo isto também já caiu por terra.
Como é óbvio, estamos perante mais um exemplo da desorientação que caracteriza o actual Governo que teima em não mostrar uma linha de rumo, nem uma estratégia para nos retirar do atoleiro em que afundou o País. Há uns meses, anunciou uma medida como forma de contribuir para ultrapassar a crise; agora, é a mesma crise – admito que agravada pelos sucessivos erros que persistem em cometer – que justifica a suspensão da tal medida...
Coincidência, ou talvez não, no mesmo dia em que foi confirmada a suspensão da conta, o Governo e o Partido Socialista que o sustenta na Assembleia da República fizeram tudo por tudo para manter algumas das “mordomias” dos seus “boys”.
É esta a visão e a sensibilidade social deste (des)governo socialista...
Com as férias à porta, desfrutemos do sol e mantenhamos um raio de esperança num futuro que nos há-de trazer, certamente, uma nova praia com melhores ondas.
Rosa Maria Arezes