domingo, 21 de junho de 2009
Grandioso Comício do PSD em Ponte da Barca
O PSD de Ponte da Barca apresentou, este fim-de-semana, a candidatura de Augusto Marinho à Presidência da Câmara Municipal, no decorrer de um jantar-convívio que reuniu mais de cinco centenas de pessoas.
Num ambiente de grande mobilização e convergência de energias, a festa contou ainda com a presença de todos os ex-presidentes da Comissão Política local e de todos os ex-presidentes da Câmara eleitos pelas listas do Partido.
Na sua intervenção, o candidato começou, aliás, por agradecer a participação das pessoas, acrescentando que a adesão em tão elevado número constituía a prova inequívoca de que, cada vez mais, é urgente unir esforços e vontades para se inverter o rumo que o Concelho tem seguido nos últimos quatro anos.
Augusto Marinho sublinhou que as pessoas não se podem resignar perante um conjunto de arbitrariedades que, frequentemente, são cometidas, nem admitir que o seu futuro colectivo seja hipotecado com a maior das ligeirezas e com custos que se irão repercutir nos próximos anos.
Foi, por isso, com sentido de responsabilidade cívica que – acrescentou – decidi aceitar o desafio que o PSD me dirigiu para liderar um projecto assente nos valores da proximidade e do respeito pelas pessoas, um projecto orientado pelo princípio do rigor na gestão dos dinheiros públicos, um projecto empenhado na implementação de opções estratégicas sérias, credíveis e mobilizadoras.
Apresentou, depois, algumas das orientações com que pretende nortear a acção do próximo Executivo Municipal, nomeadamente a aposta na competitividade, enquanto principal alavanca potenciadora da melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Competitividade e
Município solidário
Connosco à frente dos destinos do Concelho, o desenvolvimento económico será uma prioridade e, por isso, retomaremos o projecto do Parque Empresarial, lamentavelmente abandonado pela actual gestão camarária com pesados custos para todos nós, na medida em que se perderam quatro anos de oportunidades, para além de cerca de um milhão de euros de fundos comunitários que, sendo nossos, foram entregues de mão beijada aos Municípios de Ponte de Lima e de Viana do Castelo.
Referiu ainda a promoção de uma política de intervenção fiscal baseada no conhecimento das suas condições de vida das pessoas. Nas actuais circunstâncias, disse Augusto Marinho, jamais nos preocuparemos em encher os cofres do Município à custa do sacrifício das pessoas, das empresas, do comércio tradicional, pelo que consideramos que não faz qualquer sentido manter a derrama, nem agravar o IRS das famílias, como vem acontecendo com a actual gestão camarária.
Noutro âmbito, falou da preservação do ambiente e da necessidade de transformar o enorme valor do património natural e construído do Concelho num factor gerador de riqueza, através de uma aposta no turismo e na divulgação exterior de produtos que afirmem a nossa identidade e atraiam recursos.
A criação de um Município solidário para com os mais desfavorecidos e a implementação um modelo de desenvolvimento harmonioso em que todas as Freguesias sejam tratadas com idêntico respeito e dignidade, para que as pessoas se sintam bem na terra que as viu nascer e aí queiram continuar a viver, foi outra linha de rumo defendida.
A cultura e a educação foram, entretanto, consideradas áreas centrais de intervenção, na medida em que são – segundo afirmou – a garantia da construção de uma sociedade mais justa, mais solidária, mais desenvolvida, a garantia de uma sociedade com futuro. A propósito, garantiu que, com o PSD à frente do Município, o projecto da Biblioteca Municipal, esquecido nos últimos quatro anos, será retomado, de tal forma que, de uma vez por todas, deixemos de ser o único Concelho do Alto Minho sem um equipamento desta natureza.
Dirigindo-se aos mais novos, presentes em grande número, Augusto Marinho disse-lhes que as suas inquietações e anseios serão uma inspiração para os novos horizontes que desejamos rasgar para o nosso Concelho, porque, realçou, também eu sinto a força, o entusiasmo e o sonho do que é ser jovem. E deixou-lhes uma promessa: “No Conselho Municipal de Juventude, criado pelo anterior Executivo social-democrata e só agora reactivado por imperativos legais e por exigência da JSD, tereis sempre um espaço de debate e um órgão empenhado na resolução dos vossos problemas”.
Em termos de gestão, o cabeça-de-lista do PSD à Autarquia de Ponte da Barca comprometeu-se com uma cultura de rigor e de seriedade, em que os dinheiros públicos sejam criteriosamente colocados ao serviço do bem comum e a transparência seja a palavra de ordem. Disse ainda que o endividamento jamais será o recurso fácil para financiar uma gestão despesista como a actual, uma gestão quase só preocupada em alimentar clientelas, que persiste em privilegiar as despesas correntes em vez das despesas de investimento. E a fundamentar esta crítica colocou duas questões: Que dizer do facto de, no ano passado, a Câmara Municipal apenas ter executado 32% do que tinha orçamentado ao nível do investimento? E que pensar do facto de a actual maioria, em apenas três anos, já ser responsável pela utilização de cerca de 60% da dívida da Autarquia às instituições financeiras?
Augusto Marinho garantiu ainda que, uma vez à frente do Concelho, os órgãos eleitos, nomeadamente as Juntas de Freguesia, voltarão a ser tratados com o respeito e com a dignidade a que têm direito e que a arrogância, a prepotência, as arbitrariedades, a mordaça, a bufaria, a ameaça, a perseguição, o insulto serão, definitivamente, riscados da nossa terra. Connosco – fez questão de enfatizar – estará de volta o respeito por todas e por cada uma das pessoas, o pluralismo passará a ser visto como uma riqueza e a convivência democrática será sempre um valor a preservar.
O candidato terminou a sua intervenção com um forte apelo à união e ao empenho de todos, porque só assim será possível realizar a mudança que garanta a construção de um futuro melhor.
O contributo de todos é fundamental para que a nossa terra volte a respirar um ambiente de respeito e de liberdade, para que a nossa terra volte a trilhar o caminho do desenvolvimento e da melhoria das condições de vida de todas as pessoas. Enche-me a alma a convicção profunda de que é urgente mudar. E vós sois – concluiu – a ponte que nos levará a essa mudança.
Em nome da liberdade
e do respeito
Da varanda do restaurante onde foi servido o jantar, usaram ainda da palavra o mandatário da juventude, José Alfredo Oliveira, o mandatário da candidatura, Gastão Guimarães, e os Presidentes das Comissões Políticas da Secção e da Distrital, respectivamente Cabral de Oliveira e Eduardo Teixeira.
Comum a todas as intervenções foi a convicção de que a mudança não só é necessária como está ao alcance do PSD, com o esforço e a mobilização de todos, nomeadamente da juventude.
Outra ideia transversal aos diferentes discursos foi a defesa do pluralismo, da liberdade e de uma sã convivência democrática.
Eduardo Teixeira, por sua vez, mostrou-se convicto de que em Outubro a vitória será uma realidade, corrigido-se assim, o lapso registado em 2005.
Gastão Guimarães, ex-presidente da Câmara barquense e mandatário da lista, fez, de resto, um discurso inflamado em que pediu às pessoas para que não tenham medo.
Nas próximas eleições, devemos escrutinar com rigor a obra feita, mas aquilo que vai determinar o voto decisivo do povo tem a ver – segundo afirmou – com a cidadania, com a liberdade, com o respeito.
É isso que está em discussão em Outubro, porque, 35 anos depois do 25 de Abril, ninguém pode aceitar que a arrogância do poder chegue ao ponto de desrespeitar as pessoas legitimamente eleitas e de humilhar e segregar os cidadãos.
Eduardo Teixeira, por sua vez, mostrou-se convicto de que em Outubro a vitória será uma realidade, corrigido-se assim, o lapso registado em 2005.
Um Presidente de Câmara tem de ser o presidente de todos os munícipes e tratar a todos por igual. Foi assim que eu sempre fiz e foi essa a garantia que me deu Augusto Marinho. Por isso, aceitei com muita honra ser o mandatário da sua candidatura, concluiu Gastão Guimarães.